Bússola dos Tempos・234

Bússola dos Tempos・234

Em ressonância com o Universo

Keiko Takahashi


Deixar os preconceitos de lado e reexaminar sobre si mesmo

Como você está agora que setembro finalmente chegou, depois de ter passado o intenso calor de agosto? O calor do verão ainda é intenso, portanto, todo cuidado ainda é necessário para evitar insolação.

Assim como setembro marca o início de um novo semestre para os estudantes, este mês é um pequeno marco do ano calendário. Daqui até o final do ano, temos quatro meses para revisar nossas etapas individuais a fim de concluir o progresso do ano.

O que seria necessário para essa revisão? O primeiro passo seria renovar nossos próprios sentimentos. Um dos pilares da renovação é deixar de lado nossos preconceitos sobre nós mesmos, as imagens das nossas potencialidades e limitações, e reavaliá-las. Isso porque, ao dar esse passo, podemos começar a dar um passo adiante como um novo Eu.

Somos “seres cósmicos”

O que gostaríamos de tentar desta vez seria nos aceitar como “seres cósmicos”. Gostaríamos de nos desafiar a remover corajosamente os preconceitos sobre quem somos e ampliar nossa perspectiva.

Os seres humanos são “seres cósmicos”. Há quem possa ter a impressão de que essas palavras sejam excêntricas. Mas se pensarmos bem, não há nenhum exagerado nisso.

Todos os seres vivos, inclusive os seres humanos, tem origem nesse Universo. Nossos corpos são feitos dos materiais que constituem o Universo e nada além disso.

Nós, seres humanos, somos o organismo mais complexo, com os órgãos mais complexos que surgiram durante esse surpreendente e interminável fluxo do tempo.

A evolução da vida em nosso planeta. O processo evolutivo de simples protista aos primatas, incluindo os seres humanos, é repleto de enigmas sem fim. O nascimento da humanidade neste Universo não teria acontecido sem uma série de milagres improváveis.

Por exemplo, a maravilha da força da gravidade e da idade do Universo serem o que são hoje. Se ambos fossem mais ou menos intensos do que são agora, ou mais velhos ou mais jovens, teria sido difícil o surgimento de muitas vidas e dos seres humanos.

Quanto mais a humanidade desvendar os mistérios do Universo, mais fica claro que as várias constantes físicas que compõem o Universo criam o ambiente “certo” para o surgimento de vidas e para a criação de formas de vida complexas – o ser humano. Como já aludido várias vezes, parece que esse Universo deseja conceber o ser humano.

Em outras palavras, o ser humano e o Universo estão mais profundamente conectados do que pensamos. Em todos os sentidos da palavra, os seres humanos nada mais são do que “seres cósmicos”.

Viver o dia a dia em colaboração em ressonância com o Universo

Considerando que somos seres assim, podemos de fato dizer que todas as nossas ações, todas as nossas atividades são inseparáveis do Universo.

Coisas que fazemos sem nem mesmo perceber, como respirar, levantar e caminhar. São ações triviais em si, mas precisamos de todo o Universo para realizar cada uma delas. É somente porque o Universo existe como é agora que somos capazes de repetir essas ações como se fosse algo natural.

Essas atividades por si só não seria um aspecto de colaboração em ressonância com o Universo? É somente com a ajuda do Universo que podemos fazer isso.

O mesmo se aplica à nossa vida individual. Só podemos viver as nossas vidas com o alicerce chamado Universo. Dentro desse Universo, conhecemos pessoas, formamos relacionamentos e gravamos novas experiências em nossa alma. Passamos por sofrimentos que nunca experimentamos antes e, ao mesmo tempo, descobrimos um modo de vida que não sabíamos que existia e, nesse processo, experimentamos um novo estágio espiritual.

Tudo isso é possível com a fundação do Universo e cada momento está em ressonância com o Universo. Em outras palavras, temos todo o Universo ao nosso lado.

Além disso, para abrir um caminho milagroso que supera grandes provações e alcança uma criação sem precedentes, será ainda mais necessário acumularmos os passos da colaboração em ressonância por meio de uma sintonia ainda mais elevada com o Universo.